Sociedade

APSUSM AMEAÇA AGRAVAR A GREVE SUSPENDENDO OS SERVIÇOS MINÍMOS

O prolongamento do não cumprimento das negociações acordadas entre a APSUSM e o Governo, motivou nesta segunda-feira (06), na cidade de Maputo, a Associação dos Profissionais da Saúde Unidos de Moçambique, a ameaçar suspender serviços mínimos da saúde até mesmo, o desligamento das maquinas dos morgues, caso o Governo não execute o conciliado dentro de uma semana.

Marca-se como o 6° dia, nesta segunda-feira, em que os profissionais da saúde estão em greve, com 95% de adesão, reivindicando melhores condições de trabalho nas unidades sanitárias, bem como o pagamento justo pelo trabalho laboral normal de 8 horas diárias legalmente estipuladas, como, as horas extraordinárias, turnos, riscos, entre outros.

Após variadas greves alternadas, confiante de que o caso seria resolvido, os profissionais ressentem-se gravemente a falta de material, concretamente, luvas, máscaras, seringas e agulhas.

Até mesmo medicamentos para tratar as doenças mais comuns, falta de papel para imprimir documentos hospitalares e resultados de analises laboratoriais, combustível para ambulâncias, comida para doentes, camas e lenções, gesso, electricidade, água corrente e reagentes de laboratório.

De acordo com a Associação dos Profissionais Unidos e Solidários de Moçambique, o governo recusa-se também a pagar o subsídio de cirurgia aos enfermeiros superiores de saúde materna e infantil, os 3.000 mil meticais propostos pelos mesmos.

A APSUSM, que os profissionais enfrentam assédio moral da parte dos directores clínicos, das unidades sanitárias, distritais de saúde e provinciais, como por exemplo, a coagem de marcação de faltas, abertura de processos ao fim de 5 dias de ausência, chamadas para reuniões clandestinas em locais duvidosos, promessas de transferências dos profissionais para locais longínquos, violência psicológica e diversas outras.

Entretanto, de acordo com o Presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave, o país regista actualmente 397 mortes por falta de cuidados médicos, mas a greve pode ser agravada mais ainda, até que o Governo cumpra com as negociações.







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